Em algumas Constituições, a regra poderá impôr que o partido mais votado seja o único a poder propôr uma solução (quer aliando-se formalmente a algum dos outros num governo ou assegurando a abstenção de um número suficiente de opositores em votações-chave). Noutras Constituições, poderá haver a possibilidade de passar para o segundo partido mais votado após se verificar a impossibilidade de uma dessas soluções, etc.
Independentemente dos pormenores constitucionais (i.e. quem propõe o governo, quantas votações parlamentares são exigidas até se concluir que o governo anterior continua em gestão por impossibilidade de se formar um novo governo, etc.), parece-me claro que a escolha de uma solução governativa deve passar pela substância dos programas de cada um, não apenas de um "rótulo" supostamente agregador, uma vez que o espaço das opções políticas não é unidimensional (esquerda-direita) mas contém pelo menos quatro eixos:
- liberdade económica/regulação
- papel do Estado na redistribuição de bens
- magnitude da esfera de participação/monopólio do Estado
- liberdade individual/valores comunitários
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